O tempo como horizonte de nossa construção e história:
Há quem
diga que o tempo cura tudo. Será? Como tudo na vida, o tempo não é algo
passível de uma só interpretação. Pode ser um grande aliado ou uma
grande ameaça. Pode ser o mocinho ou o vilão. Pode ser a calma ou o
tormento; a mudança ou a mesmice; o motivo de muitos sorrisos, mas
também de muitos choros; de muitas conquistas e muitos fracassos; de
muita vontade, mas também da falta dela; de muitos amores(muitos!), de
muitas dores; de companhias, de solidão...de alegria e frustração. Olhar
para o tempo é olhar diretamente(ou indiretamente) para a nossa
história, para a mundaneidade do nosso mundo(e por que não dos nossos
mundos? Sim, no plural; vários deles); olhar para o tempo é olhar para a
construção do nosso existir até então; é olhar para aqueles que
passaram por nós, se foram, mas deixaram um pouquinho de si; e quantos
já passaram por nós! Ah, o tempo...! Tempo que nos ilude e nos traz a
sensação que não passa; o mesmo tempo que voa, que corre, que não para;
tempo que se esvai...que esvai do nosso controle e não mais volta! Tempo
que podemos odiá-lo ou apreciá-lo. Tempo que nos rejuvenesce,
envelhece, e nos finda. Tempo traiçoeiro, tempo amigo. Tempo que um dia
nos faz perceber que pode ser isso ou aquilo, e só depende de nós, de
como o vivenciamos, de como o significamos e ressignificamos.
Tempo...tempo de pensar, amar, chorar, lutar, falar, desculpar e até mesmo desculpar-se; tempo de desejar, beijar,
brindar, abraçar,sonhar; tempo de planejar; tempo de recomeçar; tempo de ler, reler; tempo
de aprender, desaprender e reaprender; tempo de viver...e de viver
enquanto há tempo!
Regina Ramalho
P.s.: Escrevendo brevemente sobre o tempo, lembrei-me da belíssima música do Lenine, "paciência".
http://www.youtube.com/watch?v=sXmWAOIWg3w
"Será que é tempo que lhe falta pra perceber? Será que temos esse tempo pra perder? E quem quer saber? A vida é tão rara...tão rara..!"( Lenine - paciência)
E nossa vida literalmente se resumo ao TEMPO. Quando iremos aprender aproveitá-lo a nosso favor, hein?
ResponderExcluirQuando nossa consciência apreender que somos nós os verdadeiros responsáveis pela construção da nossa história e, consequentemente, pela maneira como vivenciamos e significamos o nosso tempo. A partir daí, acredito que podemos lidar com ele de maneira mais responsável! ;)
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